O recorde histórico do Ibovespa não é apenas um efeito estatístico; é a materialização de uma mudança de paradigma que visa o enriquecimento do país através da co-propriedade e do investimento descentralizado. A mentalidade que alavancará o Brasil e combaterá a miséria é a do Novo Empresário — que chama a grande massa para dentro do empreendimento.
O Advento da S.A. e a Mentalidade do Pertencimento
O futuro da riqueza brasileira passa pela compreensão de que as grandes empresas são, por natureza, Sociedades Anônimas (S.A), ou seja, são fatiadas e acessíveis a todos.
Jornalista Lauro Nunes
- A “Massa” no Comando: A verdadeira inovação é a inclusão do cidadão comum como investidor majoritário em participação (seja por meio de programas de stock options para funcionários, seja por meio de investimentos na bolsa). O brasileiro deixa de ser apenas consumidor ou mão de obra e se torna sócio de capital, colhendo os lucros (dividendos) da prosperidade do país.
- A Força do Capital Cidadão: Quando o próprio brasileiro investe em suas empresas por meio da B3, esse capital não é apenas dinheiro; é um voto de confiança interno que consolida o mercado. Essa massa crítica de investidores locais torna o mercado mais estável, líquido e profundo.
O Ibovespa como Espelho da Confiança Nacional
É essa nova mentalidade que atrai o olhar do mundo. O recorde do Ibovespa a 150 mil pontos é um reflexo direto dessa sinergia:

- Atração de Capital Global: A solidez do mercado, reforçada pelo próprio brasileiro investindo em suas empresas, envia um sinal inequívoco ao exterior: “O dever de casa está sendo feito, e o mercado é robusto.” Isso transforma o Brasil em um ímã para o capital internacional, que busca estabilidade e crescimento.
- O Ciclo da Riqueza Autônoma: O dinheiro estrangeiro e o nacional, ao convergirem para financiar a expansão das S.A, injetam capital em inovação, tecnologia e infraestrutura. Isso não só valoriza as ações e os retornos (beneficiando o investidor/cidadão) como também gera o crescimento real que tira o país do patamar de miséria, não por meio de dependência, mas por meio da autonomia financeira da grande massa.
A Ferramenta para o Enriquecimento: Investimento Fracionado e Consistente
O acesso a essa nova S.A. se dá de forma democrática:
- ETFs (Fundos de Índice): Permitem que, com pequenos valores, o indivíduo compre uma “cesta” diversificada de ações, se tornando sócio de dezenas de empresas de uma vez só. O risco é minimizado, e a participação no crescimento é garantida.
- Longuíssimo Prazo (20 Anos): O foco é na acumulação disciplinada de ativos, permitindo que os juros compostos transformem o investimento modesto de hoje em um patrimônio sólido no futuro, garantindo a emancipação financeira do indivíduo.
Atingir 150 mil pontos é a confirmação de que o caminho é o do capital autônomo e da grande participação. A verdadeira vitória contra a miséria virá quando a cultura de co-propriedade — o novo empresariado que eu descrevo — se estabelecer como a norma brasileira.
Jornalista Lauro Nunes
